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junho 14, 2013

Amar também dá medo.

Você passou 9 meses dentro de mim. Me sentia muito feliz, muito abençoada, muito mulher.
Você foi comportada e mamãe não teve enjôos, tontura ou mal-estar; apenas uma azia constante.
No início, às vezes até me esquecia que estava grávida, pois você ainda era muito pequena para se mexer e eu estava tão bem e tão normal.

Mas, mesmo com uma gravidez tranquila e sem riscos, tomamos 2 sustos.


O primeiro veio lentamente, com um leve sangramento perto do segundo mês. Liguei para Dra. Heliana, que me indicou um remédio e mandou que eu fosse à Perinatal na manhã seguinte para uma ultra de emergência. Nesse dia tive medo e chorei. Chorei muito. Sua dinda e sua vó Celina vieram ficar comigo. Era uma quarta-feira e papai estava na pós. Quando ele chegou já ficou nervoso ao ver todo mundo aqui e mamãe com a cara inchada de tanto chorar. Passamos a noite em claro, contando as horas para ouvir seu coração bater. Saímos da maternidade felizes com a garantia de que você estava bem e se desenvolvendo.

O segundo susto foi na manhã de um feriado, chegando no terceiro mês. Dessa vez acordei seu pai bastante nervosa, pois o sangramento era forte. Tive medo de novo e chorei. Nem ligamos para Dra. Heliana. Fomos direto à Perinatal. Ouvimos seu coração e novamente viemos para casa tranquilos.

Você ainda era um pequeno sapinho dentro da mamãe, mas nosso amor por você já era tão grande que a ameaça de perdê-la já nos desesperava. Foi assim que aprendi que amar também dá medo.

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